domingo, 31 de outubro de 2010

7º SÉTIMA EDIÇÃO DO FESTIVAL DE GASTRONOMIA DE GOIÁS

PALACIO DAS ESMERALDAS
A 7ª edição do Festival de Gastronomia e Cultura da Cidade de Goiás será lançada oficialmente no dia 4 de novembro, às 8 horas, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia.

Para o lançamento está programado um café da manhã de apresentação do Festival a autoridades, imprensa, organizadores e parceiros do evento. O governador de Goiás, Alcides Rodrigues, e a primeira-dama, Raquel Rodrigues, deverão participar do encontro.






Em 2010, o Festival de Gastronomia e Cultura da Cidade de Goiás será realizado no período de 12 a 15 de novembro, na antiga capital do Estado. Em 2010, o Festival terá, em sua programação, shows musicais, oficinas gastronômicas, jantares, almoços, degustações, apresentações de filmes, desfiles, encenações e feiras de alimentação.












GOIANDIRA AYRES DO COUTO
ARTISTA PLÁSTICA HOMENAGEADA
Será feita ainda homenagem à artista plástica Goiandira do Couto, referência na arte e cultura goiana por sua técnica plástica de pintura que mistura areia. A realização do Festival é da Associação de Restaurantes, Pousadas e Hotéis da Cidade de Goiás (ARPHOS), em parceria com o Governo do Estado de Goiás e Sebrae Goiás.


Gastronomia
Quem curte as delícias da culinária goiana poderá saborear os pratos que concorrem ao Festival na vila Gastronômica, especialmente construída na cidade de Goiás, e nos 11 restaurantes que integram o evento.









FRUTOS DO CERRADO

Na edição deste ano, o tema Frutos do Cerrado será novamente abordado no evento. O desafio dos chefs convidados, que vão representar os restaurantes participantes, será preparar uma receita utilizando ingredientes tipicamente goianos, como baru, mangaba, araçá, cagaita, entre outros.

Informações Oficina de Comunicação – (62) 3954-4871

sábado, 30 de outubro de 2010

ACARAJÉ - UMA CULTURA NACIONAL



Salvador é um capítulo a parte em nossa herança cultural e o acarajé um ícone de nossa gastronômia por isso e digno de tantas homenagens.

O acarajé é uma especialidade gastronômica da culinária afro-brasileira feito de massa de feijão-fradinho, cebola, sal é frito em azeite-de-dendê, pode ser servido com pimenta, camarão seco, vatapá, caruru ou salada, quase todos componentes e pratos típicos da cozinha da Bahia

História

Manuel Querino em A arte culinária na Bahia, de 1916, conta, na primeira descrição etnográfica do acarajé, que "no início, o feijão fradinho era ralado na pedra, de 50 cm de comprimento por 23 de largura, tendo cerca de 10 cm de altura. A face plana, em vez de lisa, era ligeiramente picada por canteiro, de modo a torná-la porosa ou crespa. Um rolo de forma cilíndrica, impelido para frente e para trás, sobre a pedra, na atitude de quem mói, triturava facilmente o milho, o feijão, o arroz".

O acarajé dos Iorubás da África ocidental (Togo, Benin, Nigéria, Camarões) que deu origem ao brasileiro é por sua vez semelhante ao Falafel árabe inventado no Oriente Médio. Os árabes levaram essa iguaria para a África nas diversas incursões durante os séculos VII a XIX. As Favas secas e Grão de bico do Falafel foram alternados pelo feijão-fradinho na África.

Acarajé de orixá
Acará, Akará ou Acarajé, comida ritual do Candomblé.Acarajé, comida ritual da orixá Iansã. Na África, é chamado de àkàrà que significa bola de fogo, enquanto je possui o significado de comer. No Brasil foram reunidas as duas palavras numa só, acara-je, ou seja, “comer bola de fogo”. Devido ao modo de preparo, o prato recebeu esse nome.

O acarajé, o principal atrativo no tabuleiro, é um bolinho característico do candomblé. Sua origem é explicada por um mito sobre a relação de Xangô com suas esposas,Oxum e Iansã. O bolinho se tornou, assim, uma oferenda a esses orixás. Mesmo ao ser vendido num contexto profano, o acarajé ainda é considerado, pelas baianas, como uma comida sagrada. Por isso, a sua receita, embora não seja secreta, não pode ser modificada e deve ser preparada apenas pelos filhos-de-santo.

O acarajé é feito com feijão fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaços grandes e colocado de molho na água para soltar a casca. Após retirar toda a casca, passar novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescenta-se cebola ralada e um pouco de sal.

O segredo para o acarajé ficar macio é o tempo que se bate a massa. Quando a massa está no ponto, fica com a aparência de espuma. Para fritar, use uma panela funda com bastante azeite-de-dendê ou azeite doce.

Normalmente usam-se duas colheres para fritar, uma colher para pegar a massa e uma colher de pau para moldar os bolinhos. O azeite deve estar bem quente antes de colocar o primeiro acarajé para fritar.

Esse primeiro acarajé sempre é oferecido a Exu pela primazia que tem no candomblé. Os seguintes são fritos normalmente e ofertados aos orixás para os quais estão sendo feitos.

O acará Oferecido ao orixá Iansã diante do seu Igba orixá é feito num tamanho de um prato de sobremesa na forma arredondada e ornado com nove ou sete camarões defumados, confirmando sua ligação com os odu odi e ossá no jogo do merindilogun, cercado de nove pequenos acarás, simbolizando "mensan orum" nove Planetas. (Orum-Aye, José Benistes).

O acará de xango tem uma forma Ovalar imitando o cágado que é seu animal preferido e cercado com seis ou doze pequenos acarás de igual formato, confirmando sua ligação com os odu Obará e êjilaxeborá.

Acarajé da baiana
Baiana vendendo acarajé nas ruas de Salvador.O acarajé também é um prato típico da culinária baiana e um dos principais produtos vendidos no tabuleiro da baiana (nome dado ao recipiente usado pela baiana do acarajé para expor os alimentos), que são mais carregados no tempero e mais saborosos, diferentes de quando feitos para o orixá.

A forma de preparo é praticamente a mesma, a diferença está no modo de ser servido: ele pode ser cortado ao meio e recheado com vatapá, caruru, camarão refogado, pimenta e salada de tomates verde e vermelho com coentro.
O acarajé tem similaridade com o abará, difere-se apenas na maneira de cozer. O acarajé é frito, ao passo que o abará é cozido no vapor.

Os ingredientes do acarajé são meio quilograma de feijão-fradinho descascado e moído, 150 g de cebola ralada, uma colher de sobremesa de sal ou a gosto e um litro de azeite-de-dendê para fritar. O recheio de camarão é feito com 4/6 xícara de azeite-de-dendê, 3 cebolas picadas, alho a gosto, 700 g de camarão defumado sem casca e cheiro-verde refogados por 10 a 15 minutos. É possível acrescentar tomate e coentro, e como dito anteriormente, caruru, vatapá e molho de pimenta

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

RECEITA DAQUELE PICADINHO MARAVILHOSO DA CARMEM EMÍLIA

Já dizia  meu pai: "o que é bom tem que ser compartilhado!" ( Nem tudo, né pai??).

Mas quando o assunto é gastronomia, acredito que não pode haver segredo, as receitas boas tem que ser passadas de geração a geração, para que as lembranças sejam perpetuadas, assim como, os aromas e principalmente o sabor.

Quero dizer que sou um homem muito feliz, pois nesta minha trajetória encontrei e continuo encontrando pessoas maravilhosas, com boas idéias e que sempre estão disposta a dividir,  e não podia ser diferente com a Carmem.

Carmem muito obrigado pela maravilhosa receita!  Galera, façam este picadinho e depois me contem!

Estou postando a receita do jeitinho que a Carmem me mandou no e-mail. 


MÁRCIO QUERIDO,


FINALMENTE A RECEITA:  
"PICADINHO ANTES DE "CHEZ MOI", HOJE, "DA CARME EMILIA"

PROCUREI FAZER UM CÁLCULO COM 2kg DE FILÉ, EU TENHO HÁBITO DE FAZER QUANTIDADE MAIOR MAS ACHO QUE CALCULEI BEM

INGREDIENTES:
2kg DE FILÉ MIGNON
5 CEBOLAS MÉDIAS
12 TOMATES PARA MOLHO
5 DENTES DE ALHO
1 VIDRO DE ALCAPARRAS
2 COPOS DE VINHO TINTO
5 COLHERES DE CATH CHUP
3 COLHERES DE MOSTARDA
2 COLHERES DE MOLHO INGLÊS
1 CUBO DE CALDO DE CARNE
BANANA NANICA (ATENÇÃO! NO RIO DE JANEIRO É CONHECIDA COMO BANANA D' ÁGUA) CORTADA EM RODELAS E FRITAS A MILANESA
PASSAS SEM CAROÇOS
OVOS COZIDOS CORTADOS EM RODELAS
MODO DE FAZER
CORTE O FILÉ EM CUBOS E TEMPERE COM SAL, EM UMA PANELA COLOQUE AZEITE E ÓLEO EM PARTES IGUAIS.
E VÁ DOURANDO O FILÉ AOS POUCOS E RESERVANDO.
APÓS DOURÁ-LO, REFOGUE NESTE FUNDO DE PANELA A CEBOLA, QUANDO ESTIVER LEVEMENTE DOURADA ACRESCENTE O ALHO E FINALMENTE O TOMATE SEM PELE CORTADO EM PEDACINHOS.
(QUANDO TIRO A PELE DO TOMATE E A SEMENTE, COSTUMO JUNTAR 2 LITROS DE ÁGUA E DEIXAR FERVER EM FOGO BAIXO POR BASTANTE TEMPO, ENQUANTO ESTOU DOURANDO A CARNE, CEBOLA ETC, DEPOIS BATO NO LIQUIDIFICADOR PASSO NUMA PENEIRA O QUE CHAMO DE "ÁGUA DE TOMATE")

QUANDO O REFOGADO ESTIVER BEM DOURADINHO JUNTE O VINHO TINTO, DEIXE FERVER UM POUCO E DEPOIS JUNTE À "ÁGUA DE TOMATE" OS CUBOS DE CALDO DE CARNE, CATHCHUP, MOSTARDA, MOLHO INGLÊS E A ALCAPARRA, QUANDO COMEÇAR A FERVER JUNTE A CARNE JÁ DOURADA, DEIXE DAR UMA FERVIDA, DESLIGUE, TAMPE E DEIXE DESCANÇAR ATÉ ESFRIAR OU COLOQUE NA GELADEIRA [PORQUE SEMPRE FAÇO NA VÉSPERA]

HORA DE MONTAR O PRATO!

SE FEZ NA VÉSPERA AQUEÇA E DEPOIS VÁ TIRANDO COM A ESPUMADEIRA (OU ESCUMADEIRA) A CARNE E FAZENDO UMA CAMADA NUM REFRATÁRIO, DEPOIS UMA CAMADA DE PASSAS, UMA DE BANANA A MILANESA E FINALMENTE OS OVOS CORTADOS EM RODELAS. DEPOIS COLOQUE O MOLHO EM CIMA, PONHA PAPEL LAMINADO E LEVE AO FORNO PARA AQUECER. SIRVA COM ARROZ BRANCO E FAROFA DE ALHO, E MUITO BOM APETITE!!!!!!!!! RSRSRSRS

BJS

CARMEN EMÍLIA

terça-feira, 26 de outubro de 2010

SURURU DO FORTE DA VILLA COM PIMENTA RECHEADA

Se tem um paraíso na terra, este Paraíso se chama Praia do Forte Litoral Norte de Salvador.
Sou muito bem recebido toda vez que vou a este Paraiso, por isso, resolvi demonstrar aqui meus agradecimentos pelos bons momentos vividos neste lugar fantástico.

Na Bahia, o turismo tem valor estratégico de desenvolvimento econômico e social, que vem contribuindo para o bem estar das comunidades. Os investimentos privados, com a implantação de equipamentos hoteleiros de alta qualificação estão cada vez mais visíveis neste estado.



Por ser um destino turístico muito procurado pelos turistas nacionais e internacionais, Praia do Forte possui uma excelente infra-estrutura. Vários resorts se instalaram na região, os hotéis e pousadas são de alta categoria, além disso, possui um Albergue da Juventude, que é uma excelente opção para os mochileiros.


Também conta com excelentes restaurantes, que se destacam por sua comida típica baiana e internacional como italiana, francesa, espanhola, japonesa e argentina, entre outras.
Os turistas se surpreendem com as variedades e qualidade dos restaurantes. Eles agradam não só aos brasileiros, como também aos estrangeiros que querem experimentar os sabores da cozinha local.



Mas, a antiga vila dos pescadores também se torna um forte apelo aos baianos de Salvador e região e também aos turistas locais e internacionais, pelo oferecimento das diferentes cozinhas, tais como: italiana, francesa, espanhola, japonesa e argentina, entre outras.


Os restaurantes da Praia do Forte oferecem deliciosos pratos típicos baianos e se destacam por sua variedade. Com uma mistura de ambiente rústico, moderno e aconchegante, eles agradam a todos que buscam através da gastronomia, um momento especial de lazer.

Praia do Forte tem muito sol o ano inteiro, praias maravilhosas com piscinas naturais, florestas, lagoas, dunas e um imenso coqueiral. Para desfrutar dos diversos passeios e atrativos turísticos, você deve permanecer na Praia do Forte no mínimo cinco dias.



Entre as atividades culturais e folclóricas da Praia do Forte está á animada roda de capoeira. Os nativos dão um verdadeiro show de artes marciais, chamando a atenção de todos que por eles passam e também, como partes das manifestações folclóricas da Bahia estão o samba-de-roda e maculelê.



Mas, ainda mais peculiar, as Caretas de Praia do Forte, agitam os meses de fevereiro a abril e mostram realmente o que é uma manifestação cultural. A lenda diz que é uma herança do período da escravidão, onde os homens, tanto adultos quanto crianças, vestem o corpo de folhagens, usam máscaras com caras de animais e sinos nos pés.

Os caretas acompanham o bloco das “Tabaroas”, as mulheres se vestem de trajes caipiras e extravagantes e abusam na maquiagem. Tudo isso para evidenciar os trajes inadequados e destoados e contribuir ainda mais, para o ar folclórico de Praia do Forte.

História da antiga vila dos pescadores de Praia do Forte

É possível que a formação da vila tenha começado em torno do Forte, que foi construído para proteger o porto. Com a função de armazenar mercadorias que chegavam pelo mar e que seriam enviadas para Salvador, esse Forte não era avistado pela Casa da Torre de Garcia D´Ávila.

Muitas famílias começaram a chegar à região, com a chegada de mudas de coco, cabendo aos homens o plantio e á colheita. Muitos desses homens tornaram-se marinheiros, atravessando pessoas e mercadorias no rio Pojuca e outros, tornaram-se pescadores.

Esses, por sua vez, começaram a construir habitações primitivas próximas ao Forte, dando origem á vila. As suas características iniciais eram completamente diferentes da realidade de hoje, embora existam algumas construções que foram modernizadas ao longo do tempo, com estrutura de tijolos e telhas cerâmicas.

Projeto Tamar
A Praia do Forte abriga a sede nacional do Projeto Tamar-Ibama e representa o maior sítio reprodutivo de tartaruga cabeçuda no país. Existem sete tipos de tartarugas marinhas no mundo, sendo que quatro delas põem os seus ovos nas Praias do Papa Gente, há milhares de anos.






Esta é minha homenagem a uma cidade que sempre me recebe com muito carinho, toda vez que vou lá . A receita foi criada hoje por mim, só acrescentei a pimenta recheada com outro recheio que fizemos no programa.


                                 




Sururu do Forte  da Villa com Pimenta Recheada

Ingredientes
Para pimenta recheada

-4 pimentas dedo-de-moça grandes com cabinho

-150 g de queijo de coalho ralado

-1 colher (sopa) de mel


-150 g de farinha de trigo
-50 ml aproximadamente de cerveja bem gelada
-Sal a gosto

-Coco ralado seco para empanar

-Óleo o suficiente para fritar

Para a redução de dendê e coco
-200 ml de leite coco
-50 ml de mel

-2 colheres (sopa) de azeite de dendê

Para o sururu

-2 colheres (sopa) de azeite

-½ cebola picada

-½ dente de alho picado

-2 xícaras (chá) de arroz arbório

-1 xícara (chá) de feijão verde

-½ xícara (chá) de grappa

-3 xícaras (chá) de caldo de peixe

-250 g de sururu limpo

-1 tomate sem semente cortado em cubos

-¼ de pimentão amarelo cortado em cubos

-1 xícara (chá) de leite de coco

-2 colheres (sopa) de azeite de dendê

-Sal e coentro picado a gosto

Modo de Preparo
Para a Pimenta

1º - Numa panela com bastante água ferva a pimenta com cabinho, repita o processo por mais 3 vezes trocando sempre a água. Escorra e deixe esfriar. Com uma pequena faca, faça um risco no sentido de comprimento da pimenta , e retire com cuidado as sementes para não abrir de mais as pimentas, lave bem e deixe secando.

2º - Numa tigela misture o queijo de coalho ralado com o mel e recheie as pimentas , leve para o frezzer para gelar por 20 minutos.

3º - Em outra tigela misture a farinha de trigo com a cerveja até obter uma massa não tão mole e nem tão dura, tempere com sal a gosto. Passe as pimentas nesta massa e depois empane no coco ralado seco. Frite em óleo quente ( não muito quente ) para dourar e derreter o queijo.

Para a redução de dendê e coco
4º - Numa frigideira coloque todos ingredientes, mexa bem e leve ao fogo médio até atingir ponto de napê.

Para o sururu

5º - Numa frigideira ou caçarola , refogue em fogo médio no azeite a cebola e o alho , acrescente o arroz arbóreo e o feijão verde e refogue por mais 3 minutos. Regue com a grappa e deixe evaporar todo seu álcool. Mexendo sempre vá acrescentando aos poucos o caldo de peixe e cozinhe por aproximadamente 15 minutos.

6º - Junte o sururu limpo, o pimentão amarelo e o tomate cortado em cubos, mexa bem e acrescente o azeite de dendê e o leite coco , mexa bem para dar cremosidade cozinhando por mais 5 minutos. Corrija o sal e polvilhe coentro picado a gosto.

7º - Sirva o risoto acompanhado da pimenta recheada e couve crispe , regue com redução de dendê e coco.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PICADINHO ULTRA-MEGA-SUPER ESPECIAL DA CARMEM EMÍLIA

O que pode ter num picadinho de tão especial?


O picadinho é um clássico da boemia carioca da década de 50. Sua fama extrapolou a divisa entre Rio de Janeiro e São Paulo e hoje é presença marcante nos dois estados. Consta como prato executivo tanto no cardápio de restaurantes populares, quanto no das casas mais gourmets.



O prato inicialmente era servido nos bares da madrugada para aplacar a fome de quem varava a noite. E acabou chegando na charmosa Boate Meia Noite, do Hotel Copacabana Palace, onde tornou-se celebridade. Na época, metade do século XX, essa casa noturna recebia as mais diversas celebridades nacionais e internacionais como Edith Piaf, Nat King Cole, Tony Bennett, Louis Armstrong e Marlene Dietrich.


Na capital paulista, o picadinho também passou pelos bares e lanchonetes da boemia, como o tradicional Ponto Chic, tão conhecido pelo sanduíche bauru.De tão apreciado, o picadinho acabou entrando para o apetitoso menu dos pratos executivos, saciando a fome também dos trabalhadores de todas as classes.

O hábito de ter dias marcados para cada prato no almoço dos restaurantes de São Paulo, existe desde a década de 1930. Na época, a cidade estava crescendo e as pessoas não tinham mais tempo de almoçar em casa. Assim, acabavam comendo nos botecos, que para facilitar a vida, passaram a servir um prato a cada dia da semana.


Segunda, por exemplo, é dia de picadinho de filé mignon ou de virado à paulista; terça, dobradinha ou pastéis com arroz, feijão, couve e farofa; quarta, feijoada; quinta, macarrão com frango, rabada com polenta ou ainda carne-de-sol desfiada; sexta, pescada ou bacalhau. No sábado, o direito a repetir a feijoada. E no domingo, macarronada ou lasanha, influência da imigração italiana.


Essa tradição informal está presente em quase todos os pequenos e médios restaurantes e, às vezes, até nos mais sofisticados.


Este picadinho se torna especial por que é feito por uma jovem senhora que conheci numa determinada degustação de cachaça. E ontem, numa tarde maravilhosa acompanhado de pessoas agradáveis,  participei de um almoço regado a boas gargalhadas, cultura gastronômica, e muito, mas muito amor mesmo.


Estou falando do Picadinho da Carmem Emília, que por sua vez não me pareceu a primeira vista que gostava de cozinhar (Desculpe-me Carmem, mas não parece mesmo, você é muito chique!).


Carmen Emília Xavier Nunes, nascida em Goiânia, filha do advogado e deputado Lincoln Xavier Nunes e da educadora e escritora Maria Carmen Xavier Nunes.

Palavras de Carmem Emília:
"Fui criada na cidade de Anápolis onde passei toda infância colorida, pelos quintais, fazendas e jardins da família com meus irmãos, irmã, amigos, tios, tias, primos e primas. E um pedacinho de céu que era a casa da mãe Hilda (minha avó) e da avó Tina (minha bisavó) e do avô Divino, um homem lindo e elegante.(Ela fez questão de ressaltar!)


Os meus finais de semana, quando ia de charrete para este paraíso, eram recheados de brincadeiras de casinha, cozinhadinho, feito no meu fogão à lenha, e costurinhas, pois lá eram confeccionados os vestidos novos das minhas bonecas. Minha Bisavó com suas mãozinhas de fada me ensinou muito cedo toda arte que suas mãos produziam. Com 11 anos eu fazia os meus vestidos novos para ir à missa aos domingos.


Recebi a graça de ter pais que me deram além de muito amor, a oportunidade de estudar em boas escolas, aprender a tocar piano, aprender inglês e fazer um curso de desenho e pintura na Escola de Arte da Fundação Educacional e Cultural de Anápolis, caprichosamente fundada pela minha mãe, onde o professor pintor Osvaldo Verano formado pela Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, orientou-me nos primeiros traços e pinceladas.


Comecei a fazer aos 12 anos micro pintura em pecinhas e contas, e montava colares, pulseiras e brincos.


Tinha no quintal de casa um lindo viveiro de plantas com todo tipo de plantas, desde que florissem.


A minha adolescência cor de rosa também, passei em Anápolis onde me casei e recebi meu maior presente, meu filho Eduardo. E o curso da minha vida mudou e eu vim para o Rio. Aos pés do Cristo que esculpiu com maestria esta Cidade Maravilhosa que eu amo, estou há 25 anos ainda desenhando jóias, pintando, bordando, costurando... transformando, reciclando e restaurando... Ao longo dos anos ouvi elogios aos meus trabalhos sempre associados a um Dom. Que Dom que você tem para criar, realizar e fazer.


Os Dons são presente de Deus, do meu querido Cristo Redentor há 25 anos de braços abertos para mim.


E quando Nossa Senhora da medalha milagrosa, minha companheira de todas as horas, conduziu o Espírito Santo para a minha casa eu o acomodei em um oratório, com toda arte que acumulei em anos e, uma inspiração Celestial.


Assim nasceu Santo Dom, a minha arte evangelizadora de levar aos lares um lembrete de amor e fé,
através do meus oratórios."

Feliz e com um altíssimo astral, assim defino esta mulher, que com um belo sorriso recebe seus amigos em casa.
Carmem, estou esperando a receita para postar no blog,
 mas ainda estou duvidando que foi você quem fez a receita, acho que as moiçolas aí do lado é que fizeram, hum! Acho melhor me convidar de novo!

domingo, 24 de outubro de 2010

HEIKO GRABOLE


Este chefe faz a diferença na região sul do País!
Radicado no Brasil, o chefe alemão Heiko Grabolle é dono hoje de um conhecimento gastronômico diversificado e multicultural. Com uma trajetória variada, que inclui passagens por restaurantes e hotéis em países como, Suíça, Itália, Espanha e Inglaterra, desde 1993 o chefe aprendeu a unir sua formação profissional com sua criatividade para inovar e experimentar novos sabores.

Hoje, Heiko Grabolle vive em Florianópolis, Santa Catarina, onde atua como consultor, chefe e professor de gastronomia, além de participar de diversos eventos nacionais e internacionais. É ainda membro da Abaga (Associação Brasileira da Alta Gastronomia) e VKD (Verband der Köche Deutschlands ou Associação dos Chefes Alemães).

Chefe de conhecimentos técnicos, Heiko Grabolle tem muitos anos de experiência. Ele trabalhou em vários restaurantes e Hotéis de renome na Europa e com o cruzeiro MS Bremen fez uma viagem ao redor do mundo.


Desde 2005 Heiko Grabolle trabalha também como Food Stylist. Sua formação profissional como chef e Instrutor é a base fundamental para a produção, refino e preparação de alimentos.


O chefe Heiko respeita a autenticidade do produto, bem como a sua origem. Seu objetivo é apresentar o melhor do alimento desde a textura à suculência.


Heiko Grabolle é conhecido pelo seu profissionalismo, dedicação e criatividade. Ele expressa a gastronomia fresca e saborosa através de imagens.


Educação em gastronomia
Desde 2003 mais de 2.500 alunos passaram pelas aulas de Heiko Grabolle em todo o Brasil, seja em cursos de bacharelado, tecnólogos, técnicos, de extensão, pós-graduação ou workshops. Entre as disciplinas lecionadas pelo chefe estão: Habilidades Básicas, Aula de Cortes, Aula de Novas Tecnologias, Cozinhas Européias, Cozinha Contemporânea e Gestão em Gastronomia, entre outras.


Rent a chef
Leve para casa o conforto e requinte de ter um profissional da gastronomia na sua cozinha. O chefe Heiko Grabolle e equipe preparam a comida em sua casa e você é o convidado.


Consultoria
Elaboração de cardápios, fichas técnicas e treinamento de equipe desde o armazenamento a preparação dos pratos. Além de treinamento administrativo, banco de dados, estoque, custo, lista de compras entre outros.

Mais informaçoes e contatos


www.heikograbolle.com.




sábado, 23 de outubro de 2010

COMEÇOU A FENAOSTRA

Ostra e cultura açoriana no cardápio da Capital
De hoje até o dia 31, o Centro Sul terá atrações gastronômicas e folclóricas, além de shows nacionais. Em seu 12º ano, a Festa Nacional da Ostra e da Cultura Açoriana, a Fenaostra, abre os portões do CentroSul para mais um festival que reúne, além de gastronomia, atrações folclóricas e culturais. O evento começa hoje às 18h e segue até 31 de outubro em Florianópolis.


Responsável por 95% da produção brasileira de ostras, Santa Catarina é destaque no cenário nacional da maricultura. Com papel econômico e histórico que reproduz a cultura Açoriana, a Fenaostra tem o objetivo, além da divulgação da ostra catarinense, de abrir novos mercados aos produtores do Estado.


O público poderá conferir as receitas exóticas desenvolvidas por chefs de pelo menos 20 restaurantes, além da culinária oferecida por outros estandes da feira. No pavilhão de artesanato, cerca de 80 quiosques poderão ser conferidos. A programação cultural abrange ainda shows nacionais, que terão palco na Passarela Nego Quirido.


Em seu terceiro ano de feira, o comerciante José Reinaldo Flemming, dono do restaurante Ostras e Ostras Coisas, que fica no Bairro Ribeirão da Ilha, pretende vender 3 mil dúzias nos 10 dias de festa. Sua produção, em cada ano da Fenaostra, aumentou 30% no faturamento.


Flemming diz que, por dia de festa, são vendidas em média 300 dúzias do molusco. As preferidas pela clientela são as mais tradicionais: ostra gratinada, ao bafo e in natura.


– É uma grande festa.
– É importante para divulgarmos nosso trabalho.
– É uma feira divertida, que reúne toda a cidade – conta o comerciante.

Nesta edição, a festa vem com novidade. Os catarinenses poderão acompanhar toda a movimentação da Fenaostra via twitter (www.twitter.com/fenaostrafpolis) ou pelo orkut (Fenaostra de 22 a 31 de outubro). Além disso, seguidores da feira podem obter mais informações, conferir vídeos e fotos no site http://www.fenaostra-floripa.com.br./


vanessa.campos@diario.com.br





RECEITA DE COZIDO PORTUGUÊS


O cozido é prato muito apreciado no Rio de Janeiro e acredito que no Brasil inteiro, eu particulamente adoro e sempre que posso preparo em casa para recebar familiares ou  amigos.

Parece ser uma receita complicada, mas não é não, o importante é respeitar o tempo de cozimento de cada carne e legume. A mistura de carnes com legumes variados é simplesmente maravilhosa, alémde ser uma receita super completa que dispensa o arroz para acompanhamento.

Cada pessoa tem sua receita e seu modo de preparar. Na Europa é muito conhecido, apesar de mudar o nome de alguns ingredientes conforme os hábitos e costumes de cada país, mas a essência é a mesma. Na Espanha, é chamado puchero ou cocido, sendo mais conhecido o cocido madrileño. O Puchero é a versão espanhola para o cozido português.

O puchero é uma preparação à base de carnes e embutidos, legumes, verduras, ovos cozidos e, às vezes, banana, que são cozidos juntos, e com temperos, na mesma panela. É uma preparação característica de vários países. Aqui no Rio de janeiro é costume ver este prato nas mesas dos restaurantes, cuja a influência é totalmente portuguesa.


Algumas receitas se mantêm através do tempo com a mesma configuração de ingredientes e preparo. É o caso, por exemplo, da massa à carbonara, do camarão à grega - não tem o que inventar. São receitas de cozinheiros e de restaurantes famosos, que devem permanecer idênticas para manter as expectativas dos apreciadores. Já outras receitas sofrem variações regionais, sazonais e de cunho incerto e não sabido. É o caso dos cozidos, pucheros e caldos mais audaciosos e consistentes, ideias para dia de frio, como os que temos tido nestas bandas do sul maravilha.


Fui procurar na web as diferenças entre cozido e puchero. O primeiro é nativo de Portugal, o outro, até pelo sotaque, é espanhol.

Os dois pertencem à categoria "noites geladas", compostos por carnes diversas, cruas e salgadas, de rês, frango ou porco; os embutidos e defumados são uma constante. Vegetais variados, em que a batata a cenoura e a abóbora formam a base; o tempero leva cebola, alho e cheiro verde, e verduras como couve, repolho, espinafre.

Em todos, prepara-se primeiro a carne, refogando no tempero, depois no caldo; os legumes entram por ordem de consistência e, depois, as verduras. Cozinhar bem até que todos se acostumem uns com os outros.

A diferença maior que percebo nos dois preparos (do cozido e do puchero) é a presença do grão de bico nas receitas do segundo, devidamente deixado de molho na véspera. Já o cozido é servido sem o caldo, os ingredientes são colocados de preferência inteiros em uma travessa, e o caldo é servido à parte - um pirão é também boa ideia.

E o sopão, pergunta o gaiato de plantão? O sopão é democrático e aceita influências várias e díspares, mas eu gosto mesmo é do sopão da feira, em que os componentes são garimpados com a sacola na mão e as ideias borbulhando na central de processamento mental.




Se você achar a receita do vídeo um pouco forte para o seu estômago, postarei aqui uma receita de cozido adaptado para o gosto do brasileiro. Mas siga seu coração na hora de preparar esta receita. Transforme esta receita na sua receita, mude, crie, invente, faça diferente.

Receita de Cozido Brasileiro
Ingredientes
• 1kg coxão duro em pedaços
• 2 unidade(s) dentes de alho espremidos
• Sal e pimenta do reino
• 1/2kg lombo de porco defumado
• 4 unidade(s) paios em rodelas
• 1/2kg linguiça curada (ou defumada) em pedaços
• 1 unidade(s) folha de louro • 1 unidade(s) pimenta vermelha picada • 1 unidade(s) maço de cheiro-verde amarrado • Cominho moido a gosto• 250g bacon em cubos


• 3 unidade(s) mandiocas em pedaços
• 5 unidade(s) batatas-doces em pedaços
• 5 unidade(s) bananas-da-terra
• 1 unidade(s) pedaço de abóbora madura em quadrados grandes
• 1 unidade(s) repolho pequeno cortado em quatro
• 5 unidade(s) cenouras em rodelas
• 2 unidade(s) nabos brancos em pedaços
• 1 unidade(s) couve-flor pequena separada em buquês
• Algumas folhas de couve-tronchuda
• 6 unidade(s) cebolas inteiras
• 5 unidade(s) ovos cozidos
• Azeite para regar


• Para o pirão:
• Caldo de cozimento
• Farinha de mandioca crua
• Sal e pimenta do reino


 
Modo de Preparo
Tempere o coxão duro, de véspera, com alho, sal e pimenta-do-reino. Em uma panela grande doure as carnes,  depois cubra com bastante água, leve para cozinhar o coxão duro, o lombo de porco, o paio e a linguiça. Tempere com sal. Acrescente o louro, a pimenta e o maço de cheiro-verde.

Junte o cominho e o bacon. Abaixe o fogo, tampe a panela e cozinhe por cerca de 1h, até as carnes ficarem macias. Cozinhe separadamente a mandioca, a batata-doce e a banana-da-terra com a casca.
Junte à panela das carnes a mandioca, a batata-doce, a abóbora, o repolho, a cenoura, o nabo, a couve-flor e as folhas de couve-tronchuda. Tampe a panela e cozinhe em fogo baixo. Passados 10 minutos, junte a cebola. Em outra panela, posta em lugar aquecido, coloque os legumes que forem cozidos.
Para o pirão:
Coe um pouco do caldo cozido. Deixe esfriar um pouco. Leve ao fogo, juntando a farinha de mandioca aos poucos. Tempere com sal e pimenta do reino. Cozinhe, mexendo sempre, até engrossar.
Sirva o cozido separando as carnes com um pouco de caldo, os legumes, os ovos cozidos cortados ao meio e as bananas descascadas. Regue as carnes e os legumes com o azeite. Sirva com o pirão.





sexta-feira, 22 de outubro de 2010

MERCADÃO DE SÃO PAULO - AROMAS E SABORES

Quem por sã conciência vai a São Paulo e não visita o Mercadão Municipal de São Paulo?

Mais que um ponto turístico, o mercadão nos leva a viajar pelos quatros cantos do mundo, pois no mercadão encontramos uma diversidade de pessoas, ingredietes, aromas e sabores.
Passear por suas ruas e parar apenas para observar os transeuntes, faz valer qualquer viagem gastronômica.
A minha relação com o mercadão já tem alguns anos. Antes mesmo de trabalhar num programa de televisão, sempre estava no mercadão a procura de ingredientes que me ajudavam a montar os cardápios para os restaurantes nos quais trabalhava.

Eu era assíduo em seus corredores, e quantas vezes me vi provando ou cheirando os ingredientes para escolher o melhor a fim de levar para o meu comensal.
Fiz alguns amigos que hoje não se encontram mais lá, e faço questão de ir sempre na banca do Levi para constatar que ele realmente não falta ao serviço.



- O que é aquilo!? O Levi não sai de jeito nenhum  de sua banca, faça chuva ou faça sol. Não tem uma vez que vou ao mercadão e o Levi não esteja sentado naquela cadeira, claro! contando o dinheiro.

O mercadão melhorou muito, está imponente, limpo e bonito. Vou lá desde antes da sua reforma, era bem diferente e realmente não era apetitoso como agora, claro todos tomaram conciência e hoje ajudam a preservar a memória  gastronômica da cidade de São Paulo, que é o Mercadão da Cantareira.

Agora ir ao mercadão e não comer o famoso sanduiche de mortadela é a mesma coisa que ir a Paris e não vistar a Torre Eiffel. São tantas bancas com profusão de insumos, que é dificil falar de alguma, nem sempre com preços convidativos é verdade, temos que pechinchar muito, por que a concorrência é grande.


Não deixe de experimentar os queijos e pedir algumas castanhas ou amendoins para provar.










HISTÓRIA DO MERCADÃO
Por iniciativa do então Prefeito José Pires do Rio, começou a ser construído em 1928 um importante edifício no estilo neoclássico de mais de 22.000m², requintado acabamento e coleção de belos vitrais, que demorou quatro anos para ser concluído e custou dez mil contos de réis. Assim nasceu o Mercado Municipal de São Paulo, berço da memória gastronômica paulistana.

Nessa época, o local não tinha perspectivas de sucesso devido à falta de meios de transporte na região. Nessa época surgiram os bondes "cara-de-pau", exclusivos dos comerciantes e suas mercadorias, e o "Trenzinho da Cantareira", uma composição que fazia o abastecimento de produtos diretamente no interior do mercado.

Atualmente o estabelecimento é uma referência nacional por sua diversidade de aromas, cores e sabores como os de frutas, verduras, legumes, vinhos, queijos, chocolates, carnes, peixes, frutos do mar, aves, embutidos, temperos, condimentos e outras opções encontradas nos empórios, proporcionando ao cliente, além de toda essa variedade, a oportunidade de provar os produtos e desfrutar do ambiente carregado de história que o prédio oferece, já que antes de ser um mercado, o complexo serviu, entre 1927 e 1933, como quartel para a Revolução de 32. Além disso, a arquitetura do prédio, concebida pelo conceituado escritório de Francisco de Paula Ramos de Azevedo, é estudada por universitários e pesquisadores.

O mercado é famoso pelo pastel de bacalhau e sanduíche de mortadela, que já viraram referência.

Abaixo estou colocando três receitas das quais gosto muito, desenvolvidas pelos donos das bancas.
FRANGO CAIPIRA COM QUIABO
Ingredientes
- 1 Frango Caipira picado em pedaços
- 500g de Quiabo
- 1 colher (sopa) de Molho de Tomate
- Sal
- Alho
- Salsinha
- Cebolinha
Modo de Preparo
Tempere o Frango Caipira de véspera com bastante alho e sal, vinagre, salsinha e cebolinha. Lave bem os quiabos, enxugue-os um a um com um papel toalha para evitar a baba que solta. Corte-os ao meio e em rodelinhas deixando-os reservados. Em uma panela com óleo, frite os pedaços de frango caipira, escorra-os e reserve.
Na mesma panela com o mesmo óleo, frite os quiabos. Mexa de vez em quando até terminar a baba. Quando o quiabo já estiver mole, junte então o frango e despeje 1 copo de água quente com 1 colher (sopa) de molho de tomate. Ferva por 5 minutos.

Avícola Suzi
Rua B - Box: 45/46/40
Tel.: (11)3228-0777/ 3228-2635

BOLINHO DE MANDIOCA
Ingredientes
- 1Kg de Mandioca
- 2 Litros de Água
- 300g de Manteiga
- 1Kg de Farinha de Trigo
- 1Kg de Carne Seca desfiada refogada c/ 100g de Salsinha
- 100g de Azeitona picada
- 200g de Cebola Roxa picada
- 100g de Alho picado
Modo de Preparo
Descansar, tirar o fio do meio da mandioca e cozinhar em 2 litros de água, junto com a manteiga. Tirar a mandioca da água, amassá-la e colocá-la novamente na água. Ir despejando a farinha de trigo na água até a massa ficar concentrada. Deixar descansar por 15 minutos.

Recheio
Refogar a carne seca com a salsinha picada. Colocar as azeitonas verdes a cebola, alho e o azeite. Refogar tudo muito bem. Misturar com a massa da mandioca até ficar consistente, sem grudar na mão. Faça os bolinhos e frite sempre em óleo a 150°C.

Tigrão Lanchonete
Rua K/L - Box: 26/19
Tel.: (11)3326-6775 (Loja 1)


CABRITO À CAÇADORA
Ingredientes
- 1 Cabrito (cortado à caçadora)
- 1 Litro de Vinho Banco
- 1/2 copo de Vinho Tinto Seco
- Pimenta do Reino e Folhas de Louro à gosto
- Sal à gosto
- Alecrim
- 1 Cebola Picada
- Salsinha Picada
- 6 Tomates Picados
- 1 Lata de Massa de Tomate pequena
- 1 cx. de Molho de Tomate
- 1 colher (sopa) de Mostarda
- 1 colher (sopa) de Molho Shoyo

Modo de Preparo
Temperar o Cabrito com Sal, pimenta do reino, louro e vinho branco e deixe descansar por 2 horas. Depois frite o cabrito e coloque-o em uma outra panela para cozinhar junto com os outros temperos que serão preparados separadamente.
Para 1Kg de cabrito usar 1 cebola picada, 6 tomates picados, 1 lata de massa de tomate pequena, 1 folha de louro, sal, alecrim, 1/2 copo de vinho tinto seco, 1 colher de mostarda, 1 colher de molho shoyo, salsinha picada e 1 caixa de molho de tomate.
Deixar tudo cozinhando e mexa sempre para não pegar no fundo da panela.

Carnes Especiais Santa Adélia
Rua E - Box: 32
Tel.: (11)3228-9494/ 3227-6906

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

VAMOS COMER SALSICHA?

Minha missão de hoje é descrever um casal pra lá de especial.

Sempre que tenho um tempinho sobrando, folgado como só, ligo pro Harry e falo: "Estou indo!"
Adoro ficar na sua pousada e comer sua salsicha, peraíiiiiii não confundam alhos com bugalhos. Por quê??? vocês nunca comeram uma salsicha????

E por que eu não posso comer a salsicha do meu amigo? Quanto preconceito seus maldosos! hum hum! Pois eu gosto de comer sua salsicha e o chucrute de sua mulher tá!


- Você iria a algum restaurante para comer SALSICHAS?  Pois é, não é que em Campos do Jordão - São Paulo. Existe um restaurante super premiado cujo cardápio literalmente é composto por SALSICHAS, e veja bem, não chegue lá pedindo linguiça tá! O homem fica nervoso.


"A salsicha é um produto de alimentação. É feita a partir de carne crua, gordura animal, ervas e especiarias e outros ingredientes. Normalmente, a salsicha obtém seu formato por conta de sua embalagem comestível, historicamente feita dos intestinos de animais, e, mais modernamente, fabricada de forma sintética; devido a isto, são classificadas como produtos embutidos ou enchidos, não podendo alimentos como patê, por exemplo, serem confundidos com salsichas, pois, apesar de serem também feitos a partir de carne e temperos, não são embutidos."



Pois bem, o alemão mais paulistano que conheço Harry Pisek (se pronuncia /RARI/ e não /RÉURI/, ele também fica uma arara) trouxe da Alemanha as receitas que produz em seu restaurante. Aos 18 anos, foi para o país estudar a produção de embutidos. De volta ao Brasil, trabalhou em grandes frigoríficos antes de abrir a própria casa. Mas ele foi esperto em casar com a minha digníssima amiga Miriam Pisek, uma cozinheira de mão cheia (Na verdade o sucesso está nas mãos dela, ele que não leia este post!). Desta forma juntou-se a corda e a caçamba e deu no que deu, um maravilhoso restaurante que atrai pela diversidade de sabor.


Considerado o melhor restaurante alemão pelo guia "Mar, Vale & Montanha", publicado pela revista Veja, e pelo guia quatro rodas a casa tem como especialidade as salsichas, preparadas em uma cozinha que fica à vista dos clientes.


"No momento de sua fabricação, com o intuito de que se obtenha uma maior preservação da salsicha, ela pode ser curada ou até defumada. O preparo da salsicha é uma técnica antiga de preservação de alimento. As salsichas podem ser classificadas de diversas maneiras, por exemplo, pelo tipo de carne da qual ela é feita e outros ingredientes que ela contém, ou pela sua consistência. A classificação mais popular é pelo tipo de preparação; entretanto, até este tipo de classificação sofre diferentes opiniões em cada região."


Os principais ingredientes das receitas de seus embutidos são paleta suína, coxão duro e toucinho. Os mais de trinta tipos de salsicha são obtidos alterando-se as proporções de cada carne e as especiarias. O salsichão branco, por exemplo, é feito apenas com carne suína. Para os temperos, há opções como azeitona, pimenta, champignon e o queijo suíço emmenthal.


Além de provar as receitas no restaurante, o cliente pode levar o produto para casa (eu levo sempre, e ai dele falar alguma coisa!). O tempero mais tradicional, a mostarda - em versão tradicional e com mel, também é feito de forma caseira pela mulher de Harry, Miriam Pisek (isto é o manjar dos deuses). No cardápio, extremamente original, (no formato de uma salsicha) estão os nomes de grandes amigos dele e é claro quem está lá? Eu mesmo podem crer. Só assim pra vocês me comerem tá????






Uma classificação aparentemente bem aceita entre os países cujo idioma é o inglês distingue as salsichas cozidas, as salsichas frescas e as salschichas secas:


• Salsichas cozidas são feitas com carne fresca e depois cozidas. Devem ser comidas logo após o preparo ou refrigeradas para melhor conservação. Exemplos incluem braunschweiger e salsichas de fígado.


• Salsichas cozidas e defumadas são cozidas e depois defumadas ou cozidas na fumaça. São consumidas frias ou quentes, mas precisam ser refrigeradas quando guardadas. Exemplos incluem a salsicha de hot dog, kielbasa e mortadela.


• Salsichas frescas são feitas com carne que não foi previamente curada. Elas precisam ser refrigeradas e bem cozidas ou assadas antes do consumo. Exemplos incluem boerewors, salsicha italiana e salsicha de carne crua.


• Salsichas frescas e defumadas são salsichas feitas de carne fresca e depois defumadas. Elas devem ser refrigeradas e bem cozidas ou assadas antes de serem comidas. Exemplos incluem mettwurst e salsicha romena.


• Salsichas secas são feitas de carne fresca e depois são secas com, por exemplo, adição de sal. São geralmente consumidas frias e se mantém por um longo tempo. Exemplos incluem salame e droë wors.


Outros países, entretanto, usam diferentes sistemas de classificação. A Alemanha, por exemplo, que ostenta mais de 1200 tipos de salsicha, apresenta uma classificação entre salsichas cruas, salsichas pré-cozidas e salsichas cozidas.


• Salsichas cruas são feitas com carne crua e não são cozidas. Elas são preservadas por fermentação de ácido lático, e podem ser secas, curadas ou defumadas. A maior parte das salsichas cruas dura bastante tempo. Exemplos incluem cervelat, mettwurst e salame.


• Salsichas pré-cozidas são feitas com carne cozida e podem incluir carne de órgãos crus. Elas podem ser aquecidas após terem sido ebutidas e irão durar apenas por alguns dias. Exemplos incluem saumagen e blutwurst.


Salsichas cozidas podem incluir água e emulsificantes e são sempre cozidas. Elas não duram por muito tempo. Exemplos incluem jagdwurst e weißwurst.


Certos países classificam as salsichas de acordo com a região na qual a salsicha foi originalmente produzida:


• França: Montbéliard, Morteau, Strasbourg, Toulouse, ...

• Alemanha: Frankfurt, Turíngia, Nuremberg, Pomerânia, ...

• Áustria: Viena, ...

• Itália: Merano, ...

• Inglaterra: Cumberland, Chiltern, Lincolnshire, ...

• Eslovênia: Kranjska (klobasa), ...

• Espanha: botifarra catalana, chorizo riojano]], chorizo gallego]], chorizo de Teror, longaniza de Aragón, morcilla de Burgos, morcilla de Ronda, morcilla extremeña, morcilla dulce canaria, salchichón de Vic, fuet d'Olot, sobrasada mallorquina, botillo de León, longaniza de Valencia, farinato de Salamanca, ...


• Polônia: kielbasa krakowska (estilo Kraków), toruńska (Toruń), żywiecka (Żywiec), bydgoska (Bydgoszcz), krotoszyńska (Krotoszyn), podwawelska (literalmente: "de debaixo de Wawel"), zielonogórska (Zielona Góra), rzeszowska (Rzeszów), śląska (Silésia), ...


• Hungria: kolbász gyulai (por causa da cidade de Gyula), csabai (por causa da cidade de Békéscsaba)


Algumas receitas podem ser conferidas através do link abaixo:


http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM477578-7822-N-BOLO+DE+CARNE+ALEMAO,00.html


Mas estou postando a sua receita aqui para não haver dúvidas quanto ao seu sucesso.

BOLO DE CARNE ALEMÃO

Ingredientes

- 500g de carne suína moída (pernil ou palheta)

- 500g de carne bovina moída (coxão duro ou acém)

- 250g de toucinho fresco (sem o couro) moído

- 1 colher (sopa) de sal

- 1 colher (sobremesa) de sal de cura

- 1 colher (chá) de pimenta-do-reino preta em pó

- 1 colher (chá) de pimenta-do-reino branca em pó

- 1 colher (chá) de noz-moscada em pó

- 1 colher (chá) de gengibre em pó

- 1 colher (chá) de curry

- 1 colher (chá) de glutamato monossódico

- 1 colher (chá) de páprica picante

- 1 colher (sobremesa) de açúcar

- 250g de gelo triturado


Modo de Preparo

Numa tigela, misture a carne suína moída, a carne bovina moída, o toucinho fresco moído, o sal, o sal de cura, a pimenta-do-reino preta em pó, a pimenta-do-reino branca em pó, a noz-moscada em pó, o gengibre em pó, o curry, o glutamato monossódico, a páprica picante e o açúcar.


Divida a massa acima em duas partes. Num processador, coloque uma parte da massa e ligue. Adicione, aos poucos, o gelo triturado. Desligue o processador e transfira esta mistura para uma tigela.


Repita a operação, colocando a outra parte da massa no processador e, aos poucos, coloque gelo triturado. Transfira esta mistura para a tigela. Com as mãos, misture bem a massa e transfira para uma forma de bolo inglês (24cm x 10cm x 6,5cm), untada com manteiga. Leve para assar em banho-maria a 150ºC por 2h30min.


Restaurante Harry Pisek
Av. Pedro Paulo (Estr. do Horto), 857 (Jd. Embaixador), 3km

tel.: (12) 3663-4030


http://www.harrypisek.com.br/

harrypisek@bol.com.br



 
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